Já conheço Ashton Zala há algum tempo e ele estava no meu radar. Ele é do Reino Unido.
Conversamos e fizemos algumas perguntas e respostas sobre:
- Como ele começou.
- O que o motivou.
- Projetos nos quais Ashton está focado.
- O futuro.
E muito mais nesta entrevista exclusiva do Anime Motivation.
Não há muitas plataformas que esclareçam os criadores de anime negros no espaço, e é importante promovê-los aqui no Anime Motivation.
Vamos começar!
Você pode se apresentar ao público do Anime Motivation?
Sou Ash Beardguy, também conhecido como Ashton Zala, o fundador do Black Anime Podcasts e fundador, co-apresentador e produtor do Giant Shooty Robots – A Gundam Podcast.
Sou um criativo digital multidisciplinar jamaicano-britânico e sou apaixonado por Anime e Tokusatsu desde a minha infância.
Eu também sou autista.
O que o motivou a começar o Black Anime Podcasts em primeiro lugar?
O desejo de começar o Black Anime Podcasts veio de vários lugares diferentes para ser perfeitamente honesto.
A primeira e principal razão pela qual comecei, foi porque eu estava genuinamente exausto com o quão monocromática a cena de podcasting de anime de língua inglesa e, mais significativamente, o fandom de anime ocidental era e ainda é.
A segunda razão é porque, após o assassinato de George Floyd, senti que poderia fazer melhor uso de meus talentos como Black Digital Creative, para construir comunidades e plataformas onde as vozes dos negros que são marginalizados dentro do Anime Fandom, poderiam ser ampliadas e receber a atenção que tanto merecem.
Você se concentrou em podcasts especificamente porque é uma área em crescimento para criadores de anime negros? Ou alguma outra coisa?
Concentrei-me em podcasts porque os amo. Eles são meu meio de áudio favorito; os programas de rádio desta era digital e tenho um apetite voraz para consumi-los.
Desde o início, sempre projetei podcasts de Black Anime para não apenas funcionar como um site e plataforma na qual os podcasts de Black Folks eram ampliados, mas também como uma ferramenta de “descoberta de podcast” para outros Black Otaku como eu, que eram apenas cansado da falta de diversidade na cena de podcasting de anime.
Quais são alguns exemplos do que você está fazendo para reunir fãs e criadores negros de anime?
Estou feliz que você fez essa pergunta! Recentemente, comecei o Black Anime Twitter, uma comunidade do Twitter, um espaço seguro que permite não apenas aos fãs, mas também aos criadores negros em espaços de anime, se conectarem e compartilharem sobre todas as coisas de anime, mangá, videogames, etc.
Além disso, também uso regularmente os canais de mídia social dos Black Anime Podcasts para divulgar e promover marcas e empresas de roupas com temática de anime de propriedade de negros.
Você pode falar sobre seu próximo espaço no Twitter “Anime Diaspora” e seus objetivos para ele?
O Anime Diaspora será um espaço quinzenal no Twitter e um podcast onde eu e vários convidados de toda a diáspora africana discutiremos as várias facetas da cultura do anime; do Fandom à Moda, tudo através de uma Lente Negra assumidamente.
Ele também servirá como o podcast oficial do Black Anime Podcasts.
A ideia do Anime Diaspora realmente nasceu dos Espaços do Twitter “#BlackAnimeTwitter” que eu mantive nos últimos meses.
Não foi apenas o envolvimento através do telhado, com centenas de pessoas sintonizando, eles também foram espaços seguros para nós, Otakus Negros, livres das micro-agressões anti-negras tipicamente lançadas no Fandom de Anime mais amplo.
Além disso, o que realmente os tornou únicos, além do discurso maravilhoso que deles emergiu, foi o fato de terem conseguido capturar um público de Otakus negros de ambos os lados do Atlântico e de outras partes da diáspora africana.
Quanto a quais são meus objetivos com o Anime Diaspora?
Eu gostaria que ele se tornasse um lugar onde otakus de todas as partes da diáspora africana pudessem não apenas se envolver em discursos instigantes sobre seu meio favorito, mas fazê-lo sabendo que não teriam que lidar com a antinegritude venenosa que corre desenfreado nos espaços de fandom de anime mainstream.
Que lutas você teve ao longo dos anos com seus projetos e está ficando mais fácil com o tempo?
A principal luta que sempre tive com os meus numerosos projetos é mantê-los organizados, publicar conteúdo com regularidade e aumentar a sua presença nas inúmeras plataformas de redes sociais que parecem existir nesta era digital em constante mudança.
Estou indo muito bem de acordo com as métricas da maioria das pessoas e os seguidores do Black Anime Podcast explodiram nos últimos 6 meses, no entanto, ainda sinto que estou lutando para entender como crescer em certas plataformas, com o TikTok sendo uma chave exemplo disso.
Qual é o futuro dos podcasts de anime preto e você daqui para frente?
O futuro dos podcasts de anime preto é emocionante! Principalmente, gostaria de continuar a usar minha plataforma para elevar o trabalho de vozes negras em espaços de anime; com foco em ampliar o trabalho de mulheres negras e pessoas LGBTQ +, que na maioria das vezes são marginalizadas por pessoas em nossas comunidades.
A curto prazo, gostaria de me concentrar em aumentar o diretório de podcasts para o número mágico de 200 podcasts, estabelecer o Anime Diaspora como um Twitter Space e podcast de sucesso que funcione como uma voz de fãs negros de anime de toda a diáspora e trabalhar no Black Anime Drip, um diretório de roupas de anime e marcas de beleza pertencentes a negros.
Como você se sente sobre o espaço Black Anime em geral, tanto quanto criadores, fãs e a indústria?
Neste momento, o Black Anime Space ou Fandom está mais forte do que nunca! É muito americêntrico, mas para ser honesto, contanto que você tenha os negros em geral impulsionando a cultura, não importa em que parte da diáspora você se encontre, todos nós ganhamos.
Por exemplo, nos Estados Unidos, você tem pessoas como o Podcast da Pior Geração e o Podcast Blanime se unindo para hospedar o Twitter Space, #AnimeAfterDarkCH, que regularmente tem pesos pesados da indústria, como Zeno Robinson passando e participando.
Então você tem pessoas como Neysha (@NeyshaPlays) escrevendo roteiros para um documentário da PBS com foco na cultura de anime.
Deste lado da lagoa, você tem o mandem de calouros de anime fazendo shows ao vivo em grandes convenções como a London MCM Comic Con.
Eu sinto que os fãs negros de anime são uma grande razão pela qual o meio conseguiu se mover para a cultura popular dominante no oeste, no entanto, o reconhecimento da indústria não reflete necessariamente isso.
Assim como em muitas outras indústrias, criadores, cosplayers e influenciadores brancos recebem a maior parte da atenção de marcas e corporações, em comparação com criadores negros e até asiáticos.
Os 10 melhores animes de todos os tempos?
Esta lista está mudando constantemente porque há muitas coisas legais que eu acabo descobrindo por acaso, no entanto, meu Top 3 geralmente permanece o mesmo.
- Bem-vindo ao NHK!
- RahXephon
- Mobile Suit Gundam 00
- Lutador móvel G Gundam
- Sk8 O Infinito
- Código Geass
- toradora
- Mais escuro que preto
- Irmandade das FMA
- Cowboy Bebop/Samurai Champloo
Mais alguma coisa que você gostaria de compartilhar?
Você pode encontrar podcasts de anime preto em https://blackanimepodcasts.com e siga o BAP no Twitter, Instagram e TikTok: @BlackAnimePods.
Você pode me encontrar no Twitter, Instagram e Tiktok: @AshBeardguy.
Você pode encontrar meu podcast, Giant Shooty Robots, em https://giantshootyrobots.com e siga-nos nas redes sociais: @GiantShootyRobo no Twitter e @GiantShootyRobots no Instagram e TikTok.
Obrigado por dedicar seu tempo para me entrevistar!
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